Ambulância inusitada


Na semana passada em São Gonçalo, um jovem que mora na minha rua sofreu um acidente de moto. Infelizmente com fratura exposta e essas complicações a mais que todo jovem rebelde sabe que pode ter mas nunca toma jeito.
Ele ficou ileso no local durante um tempo e, como notícia ruim espalha rápido, logo vieram repórteres para tirar foto. Afinal, qual jornal não gosta de tragédia?!
O inusitado é que, em uma das reportagens, o fotógrafo tirou a foto dele sendo socorrido e um carro de veterinária do lado. Parece que a veterinária veio socorrer ele (risos)!
Se o fotógrafo fez isso propositalmente, se foi apenas coincidência ou uma brincadeira do destino, ninguém sabe. Só sei mesmo que ri muito (não da desgraça, coitado do menino, ri da foto).
Foto abaixo, com os rostos cobertos para manter a salvo a identidades dos indivíduos.


Vejo vocês no Muquifo!

O pseudodemocrático prêmio literário Portugal Telecom - por R.Roldan-Roldan


De fato muito boa essa crítica. Aplaudo de pé o Roldan.
É isso que acontece que ninguém vê mas todo mudo sabe.
O senado da literatura sempre vence.


O conceito de democracia, aliás, como todo conceito, é relativo. Faço minhas as palavras do grande Lars von Trier – o meu conceito de democracia é outro em relação ao conceito democrático da era bushiana. Mas não se assustem. A presente carta não tem por meta digressionar sobre a famigerada globalização com as suas seqüelas de concentração de renda, desigualdade social, desemprego mundial e as assustadoras estatísticas da ONU sobre o aumento da miséria no Planeta. Nem sobre a nostalgia de uma esquerda demodée e no fundo pouco revolucionária que pouco fez – ou o fez errado – para que de fato se instaurasse a verdadeira democracia no mundo.
Não. O objetivo desta missiva é outro. Menos abrangente. Quantas vezes não nos deparamos, num bar de música a vivo, com um músico, um cantor ou uma cantora, cujas atuações são notáveis e que recolhem apenas meros aplausos protocolares, quanto muito, de um público indiferente, mais interessado na conversa de botequim do que em suas performances? Não é humilhante? Músicos e cantores que lutam durante anos para conseguir um lugar ao sol e que se vêem obrigados a gravar os seus discos de modo independente, ou seja, marginal, porque são recusados pelas grandes gravadoras, enquanto a televisão nos impinge verdadeiros lixos sonoros fabricados e promovidos por uma determinada mídia ávida de produtos (não é o termo que se usa?) absolutamente descartáveis. E o mesmo acontece com os artistas plásticos que vêem as suas obras recusadas pelas grandes galerias de arte. E o mesmo ocorre com os escritores que... E chego onde queria chegar, restringindo-me a um fato (e digo fato) que me diz respeito: os prêmios literários no Brasil. Não se trata de denunciar tramóias, fraudes, favoritismo ou cartas marcadas em relação a prêmios literários. Isso já foi denunciado muitas vezes e, qualquer um sabe, por exemplo, que o tradicional pseudônimo da obra inédita submetida a um júri é história para inglês ver, sendo que isso não significa nada quanto à idoneidade e imparcialidade dos membros do jurado.
O que quero expor aqui é a perpetuação de um sistema injusto que elimina toda e qualquer possibilidade de conceder uma chance (não de ganhar, mas de concorrer) a escritores novos e não tão novos que não têm oportunidade de ver os seus trabalhos reconhecidos, não por um pequeno grupo de colegas amigos, mas por um público mais amplo. Portanto, não deixa de surpreender, para não dizer espantar, que os organizadores do prêmio literário Portugal Telecom, que se gabam do teor democrático (“a disputa é bastante democrática”) do prêmio, não tenham se dado conta de que a estrutura seletiva do concurso é absolutamente antidemocrática. Antidemocrática por quê? Simplesmente porque privilegia os autores publicados pelas grandes editoras do eixo Rio/São Paulo, salvo raríssimas exceções. Mas, alguém pode objetar, os melhores autores brasileiros são editados pelas grandes casas editoriais do País! Sim e não. As grandes editoras publicam bons livros, mas também publicam livros que, se não chegam a ser lixo (como disse Salman Rushdie a respeito do Código Da Vinci, de Dan Brown) são obras que não só deixam muito a desejar, como estão longe de serem literatura. Explico-me. E diretamente. No caso do Prêmio Portugal Telecom, que chance tem um escritor (sério, não picareta) que, por um motivo ou por outro, teve o seu livro recusado pelas grandes editoras e se viu obrigado a publicá-lo por uma pequena editora alternativa (vejam bem: chance de apenas concorrer)? Nenhuma. Absolutamente nenhuma chance. Já que essas pequenas editoras não têm praticamente divulgação nem distribuição e que os seus livros, quando lançados e enviados a jornais e revistas importantes, são totalmente ignorados (quero dizer nem lidos), pois esses autores desconhecidos não são figuras interessantes para a mídia e, conseqüentemente, são automática e preconceituosamente descartados. E o que estou colocando aqui são fatos, aliás, só me atenho a fatos. Portanto, os membros do júri só podem, evidentemente, julgar as obras que já leram, presumo eu. E se um livro de editora alternativa não chega às mãos de um crítico, de um professor de literatura ou de um outro escritor, como é que esse livro poder ter a chance de participar do concurso? Esse livro simplesmente não existe. Alguém poderia alegar: mas esses livros publicados pelas alternativas são ruins de doer. Nem sempre. Existem bons autores brasileiros que continuam marginalizados, no limbo. E outros, medíocres de deixar um leitor mais exigente irritado, são publicados por respeitáveis editoras e endeusados por uma crítica suspeita dada a modismos que geralmente são importados. Logo, esse raciocínio que rotula editora alternativa como sinônimo de publicações ruins, não se sustenta. Todos nós sabemos que grandes vultos da literatura mundial, como Proust, Rimbaud e Lautréamont, por exemplo, se viram obrigados a publicar as suas obras por conta própria. Tudo é relativo, como disse no início deste texto.
Acredito que o verdadeiro procedimento democrático é a leitura dos livros de todos aqueles escritores que desejam participar do certame, e não daqueles privilegiados que têm a sorte de terem sido publicados por editoras importantes. Não estou propondo uma utopia. Apenas o bom senso. Ou seja, um processo de seleção e avaliação justo e realmente democrático. Sim, é evidente que isso dá muito mais trabalho. Mas o justo, o eqüitativo, dá trabalho. E, como a verdadeira democracia é dinâmica, ou seja, susceptível de ser mudada, alterada, melhorada...
07/05/06

Férias em Gargaú parte II: Pescaria

       Acreditem ou não, eu sou uma ótima pescatriz. Quer dizer, pescadora, mas acho pescadora muito feio de ser dito, então me nomeio pescatriz.

       Foram 6 peixes no mesmo dia. Incrível, não? Pena que a câmera acabou a bateria e não pude tirar foto de todos juntos.

       Quando já estávamos quase indo embora, eu entrei na água pra jogar a vara e esqueci que os peixes estavam amarrados logo à minha frente. Como são bagres, já dá pra imaginar o que aconteceu, não é?
       Fez um corte de cerca de 1,5 cm no meu dedo do pé. Nem sangrou muito, mas levei um susto na hora. Imagina você dentro de uma lagoa e de repente sente uma dor como se uma faca tivesse entrado no seu pé?! É assustador... Bagres: malditos e deliciosos!



       Mas quando cheguei em casa coloquei a câmera pra carregar e deu pra tirar foto de todos juntos. Só que já estavam limpos e, principalmente, sem espinhos!

       Só não tirei foto dele preparado. Como os peixes não eram tão grandes, só deu pra fazer um pirão. Mas ficou booom! rsrs

       Vejo vocês no Muquifo!

Férias em Gargaú parte I: O começo de tudo

       Finalmente voltei de viagem, e com muitas novidades para contar.
       Entramos no carro no dia 27/12/09, às 5 horas da manhã em direção à Macaé, pois eu iria fazer a prova do concurso de magistério do município, que teria início às 9 horas. Aliás, o resultado já saiu e fiquei em 652º lugar de 2801 inscritos. Até que não fui mal para o primeiro concurso (rsrs, ironia!!).
       Enfim, terminei a prova às 12 horas e tomamos frente ao caminho da viagem novamente. Como destino Gargaú, pequeno bairro do município de São Francisco de Itabapoana.
       Para termos ideia de onde fica este lugar, imaginemos um bairro onde só há uma entrada que também é a saída. Não há outras maneiras de se deixar este local, além de barco.

       Pergunta: Qual é o cúmulo do fim do mundo?
       Resposta: Gargaú.

       E no próximo episódio; Férias em Gargaú parte II: Passeando em meio ao nada

       Vejo vocês no Muquifo!