Feliz 2011
Mais um ano começando: uma batalha, duas batalhas, três batalhas, uma dúvida duas dúvidas, três dúvidas, um sonho, dois sonhos, três sonhos, uma vitória, duas vitórias, três vitórias, uma derrota, duas derrotas, três derrotas... quatro derrotas. E quando a gente menos percebe, lá se foi outro ano, lá vem outro ano.
E agora? É só esperar.
Vejo vocês no Muquifo!!!
“Sorrisos”
Nos muros das casas
Janelas de ônibus
Adesivos em carros
No alto de postes
Nos galhos das árvores
Espalhado ao chão
Nos homens, em mãos,
Mulheres, crianças,
Pai, mãe e tia
A trinta reais o dia.
No horário nobre
Da televisão
Na humilde fala
Do locutor
No segundo caderno
Das mãos cidadãs
Na manchete,
Anúncios, classificados
E na boca do povo
Que nem ouve nem responde.
Pra cada lado, acima e abaixo
Paisagem vislumbrada
E estrada percorrida
A cada passo
Em meus limites não previstos
Um sorriso eu avisto.
Sorrisos brancos,
Amarelos,
Arredondados,
Quadrados,
De dentes inteiros e quebrados.
Sorrisos verdadeiros
De sorrisos falsos
Sorrisos que enganam
Quaisquer pés descalços
E sem dúvida alguma
Esses são maioria
Num universo de “eu quero”,
“eu prometo”, “eu faço” ou “eu faria”.
De saneamento
A sacos de cimento.
Mil promessas prometem
Prometendo aumento
E o bolso do povo grita
E a ferida do povo grita
E o câncer do povo grita
E o povo morto grita:
Quem se importa com os sorrisos?
de Lisa Stér Cöy.
Vejo vocês no Muquifo!
Ainda vivo, ainda...
O meu cérebro não sabe mais identificar códigos, dígitos, orações, imagens e combinações...
Meus olhos só conseguem enxergar fractais preto e branco, repetições aleatórias que não me atingem, só destingem o pouco que ainda consigo ver do que faço tanto esforço para não esquecer.
Meu olfato, antes acostumado a dois fragrantes marcantes, ainda não se contenta em sentir apenas o cheiro do vazio. O cheiro da solidão e da ausência.
Abro a geladeira cinco vezes, olho as prateleiras novamente, verifico a dispensa só pra ter a certeza que o que minha boca quer não é comida.
Qualquer barulho, qualquer farpa de madeira ou grão de poeira ao cair no chão fere meus tímpanos e eles sangram, pois o que atenua minha dor não pode mais dizer o que mais amo ouvir ao pé do ouvido.
Agora me sinto agoniada, não sei se estalo os dedos, se roo as unhas, se mecho o cabelo ou se cruzo os braços. Não se se durmo, se choro, se me distraio... Até meus dedinhos dos pés não conseguem parar quietos, pois meu calmante está em falta.
Escrever é o que me basta. Bater os dedos nas teclas, chutar letras e desabafar. Dizer isso tudo aí encima sem pensar, pois neste momento o que me mantém respirando é saber que nosso amor existe. Só.
Vejo você no Muquifo!
Gargaú - Julho de 2010 - I
Viajando nas férias de julho, estou em um lugar beeeeem calmo chamado Gargaú. Já existe um post sobre ele aqui no blog, afinal tenho casa aqui e volta e meia minhas férias têm este place como destino.
Dentro do carro, vindo pra cá (5:00h de viagem), tirei inúmeras fotos da paisagem. Ficaram ótimas.
Pergunta: Como eu consegui centralizar o cavalo na foto com o carro em movimento?
Resposta: Macumbaaaaa... rsrsrs
Obs.: Quem descobrir, por estas fotos, que tipo de veículo é esse, ganha um livro meu: "Sonhos, amores e ilusões...". Escreva nos comentários, junto com seu e-mail e endereço. Se mais de uma pessoa acertar, será feito sorteio.
Vejo vocês no Muquifo!
Co-amar
Se coexistir significa 'existir ao mesmo tempo', por que não usar a palavra co-amar para definir o que estou vivendo neste momento?
É incrível quando se é feliz e tem consciência do fator que lhe proporciona isto. Pois se é o amor, tudo fica tão mais claro e tão mais lindo. É realmente incrível saber que a gente pode confiar e contar com esta pessoa a qualquer momento. Que pode-se ser surpreendida com coisas maravilhosas nos minutos mais inesperados.
Mais que isso tudo, é saber que coexistir não é somente isso e que existirá para sempre, nos corações, nas uniões, nas conversações, nos momentos bons. E que em cada momentinho incômodo ou qualquer coisa do tipo, também haverá o co-pensar, co-acariciar e co-viver (ou conviver?).
É lindo saber que...
É incrível quando se é feliz e tem consciência do fator que lhe proporciona isto. Pois se é o amor, tudo fica tão mais claro e tão mais lindo. É realmente incrível saber que a gente pode confiar e contar com esta pessoa a qualquer momento. Que pode-se ser surpreendida com coisas maravilhosas nos minutos mais inesperados.
Mais que isso tudo, é saber que coexistir não é somente isso e que existirá para sempre, nos corações, nas uniões, nas conversações, nos momentos bons. E que em cada momentinho incômodo ou qualquer coisa do tipo, também haverá o co-pensar, co-acariciar e co-viver (ou conviver?).
É lindo saber que...
...que tudo isso existe.
Vejo você no Muquifo! Meu sommelier...
"Eu só exijo me sentar!"
Ontem, dia 15 de junho de 2010, cerca de 14 horas, eu estava dentro de um ônibus abarrotado de pessoas. Para ter ideia da situação, eu estava sentada num degrau atrás do banco do motorista! Incrível foram fatos - ou escândalos - acontecendo por um único motivo na mesma viagem.
Ao entrar no ônibus, já cheio - o ônibus é o 751 ou 996, que tem alguns bancos para idosos e especiais antes da roleta -, fiquei em pé antes da roleta. Todos os bancos estavam ocupados. Entrou uma senhora que parecia estar mancando um pouco, então parou quieta no canto dela e segurou na barra de apoio. De repente uma outra senhora abriu a boca e gritou: "Esses jovens ficam sentando nos bancos reservados para idosos! Não se mancam!". Todos ficaram apavorados com a atitude dela. Quando alguém, disfarçadamente e com uma voz tenra falou ao seu lado: "Ele é especial", onde essa senhora enfiou a cara?! Não sei!
Chegando em um certo ponto, antes de subir a ponte Rio-Niterói - eu já havia me encolhido atrás do banco do motorista nessa hora - entrou uma moça, rondava entre os 30 anos, com duas muletas. Ela viu que o ônibus estava entupido, impossível até mesmo de respirar. Logo no 1º degrau da escada - vejamos, nem havia entrado direito no ônibus - gritou para o motorista: "Eu só exijo me sentar!"
Onde está a autoridade dela de se pôr falando para os idosos que estavam sentados ali na frente se levantarem para ela sentar?
"Ninguém vai levantar não?!" - falou, em tom de deboche. "Tá, eu vou passar pela roleta que lá não tem idosos e vão ter que levantar pra mim. Trocador libera a roleta!"
"Dinheiro ou cartão?" o pobre trocador perguntou.
"Tá brincando comigo? Eu estou de muleta (bastante ênfase na parte grifada), tenho direito de não pagar a passagem!"
"Minha senhora, não posso te deixar passar sem pagar. A senhora não grite por favor."
"Ok, para evitar confusões eu irei pagar" (muito mais ênfase na parte grifada) Se ela quisesse evitar confusões no mínimo gritaria menos!
A esta altura do campeonato o ônibus inteiro já estava ciente da situação e da imensa arrogância da pessoa.
"Alguém vai me dar lugar?!" - perguntou.
"Ninguém vai se levantar?" - repetiu.
Neste instante, se virando diretamente a uma menina que estava a sua frente, disse:
"Levanta! Eu estou de muleta e quero sentar!"
"Minha senhora, aqui você não tem o direito de exigir o banco. Se quisesse se sentar esperava o próximo ônibus." - tentou amenizar a coitada da menina sentada que estava vermelha de vergonha já. Quem daria o lugar para uma pessoa tão mal educada?
Por fim, um senhor (repito, senhor, velho, mais acabado que a pessoa de muleta) se levantou e disse: "Senta aí".
Mas não foi um senta aí qualquer. Nas entrelinhas estava claramente escrito: "Cala a boca e senta logo, prefiro ficar em pé do que aturar uma louca berrando a viagem inteira". Você acha que ela calou a boca? Ainda ficou resmugando durante uns 10 minutos até perceber que estava sendo totalmente ignorada.
O que lhes falta na saúde certamente não sobra na educação! Essa é a frase do dia. Se ela tivesse sido educada, teria tornado menos tensa a viagem do motorista e do trocador que estavam fazendo hora extra e perdendo o jogo do Brasil na copa do mundo. Teria deixado os passageiros menos incomodados, pois já estava praticamente impossível aquele ônibus cheio de gente, cheio de calor, no meio no engarrafamento...
Será que para eles valeu a pena?
Vejo vocês no Muquifo!
Ao entrar no ônibus, já cheio - o ônibus é o 751 ou 996, que tem alguns bancos para idosos e especiais antes da roleta -, fiquei em pé antes da roleta. Todos os bancos estavam ocupados. Entrou uma senhora que parecia estar mancando um pouco, então parou quieta no canto dela e segurou na barra de apoio. De repente uma outra senhora abriu a boca e gritou: "Esses jovens ficam sentando nos bancos reservados para idosos! Não se mancam!". Todos ficaram apavorados com a atitude dela. Quando alguém, disfarçadamente e com uma voz tenra falou ao seu lado: "Ele é especial", onde essa senhora enfiou a cara?! Não sei!
Chegando em um certo ponto, antes de subir a ponte Rio-Niterói - eu já havia me encolhido atrás do banco do motorista nessa hora - entrou uma moça, rondava entre os 30 anos, com duas muletas. Ela viu que o ônibus estava entupido, impossível até mesmo de respirar. Logo no 1º degrau da escada - vejamos, nem havia entrado direito no ônibus - gritou para o motorista: "Eu só exijo me sentar!"
Onde está a autoridade dela de se pôr falando para os idosos que estavam sentados ali na frente se levantarem para ela sentar?
"Ninguém vai levantar não?!" - falou, em tom de deboche. "Tá, eu vou passar pela roleta que lá não tem idosos e vão ter que levantar pra mim. Trocador libera a roleta!"
"Dinheiro ou cartão?" o pobre trocador perguntou.
"Tá brincando comigo? Eu estou de muleta (bastante ênfase na parte grifada), tenho direito de não pagar a passagem!"
"Minha senhora, não posso te deixar passar sem pagar. A senhora não grite por favor."
"Ok, para evitar confusões eu irei pagar" (muito mais ênfase na parte grifada) Se ela quisesse evitar confusões no mínimo gritaria menos!
A esta altura do campeonato o ônibus inteiro já estava ciente da situação e da imensa arrogância da pessoa.
"Alguém vai me dar lugar?!" - perguntou.
"Ninguém vai se levantar?" - repetiu.
Neste instante, se virando diretamente a uma menina que estava a sua frente, disse:
"Levanta! Eu estou de muleta e quero sentar!"
"Minha senhora, aqui você não tem o direito de exigir o banco. Se quisesse se sentar esperava o próximo ônibus." - tentou amenizar a coitada da menina sentada que estava vermelha de vergonha já. Quem daria o lugar para uma pessoa tão mal educada?
Por fim, um senhor (repito, senhor, velho, mais acabado que a pessoa de muleta) se levantou e disse: "Senta aí".
Mas não foi um senta aí qualquer. Nas entrelinhas estava claramente escrito: "Cala a boca e senta logo, prefiro ficar em pé do que aturar uma louca berrando a viagem inteira". Você acha que ela calou a boca? Ainda ficou resmugando durante uns 10 minutos até perceber que estava sendo totalmente ignorada.
O que lhes falta na saúde certamente não sobra na educação! Essa é a frase do dia. Se ela tivesse sido educada, teria tornado menos tensa a viagem do motorista e do trocador que estavam fazendo hora extra e perdendo o jogo do Brasil na copa do mundo. Teria deixado os passageiros menos incomodados, pois já estava praticamente impossível aquele ônibus cheio de gente, cheio de calor, no meio no engarrafamento...
Será que para eles valeu a pena?
Vejo vocês no Muquifo!
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